O ministro Alexandre de Moraes voltou a ignorar os princípios básicos da Justiça ao dar cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre mais um pedido de liberdade do general Braga Netto. O caso já se arrasta há mais de 220 dias, e mesmo com o fim da fase de interrogatórios, o ministro insiste em manter a prisão preventiva do militar, contrariando a lógica jurídica.
A defesa do general fez o quinto pedido de revogação, criticando as decisões anteriores por falta de fundamentação concreta. Segundo os advogados, não há fatos novos que justifiquem a prisão, e medidas alternativas poderiam ser adotadas. Ainda assim, Moraes insiste em alegar um “perigo gerado” de forma subjetiva, sem apresentar provas robustas ou ameaças reais que sustentem sua decisão.
A justificativa apresentada por Moraes gira em torno da suposta participação do general em um “plano golpista” — narrativa repetida exaustivamente pela esquerda, mas que carece de materialidade. Enquanto isso, corruptos condenados pelo STF seguem soltos, com regalias, e inclusive ocupando cargos no governo petista, mostrando o claro desequilíbrio na balança da Justiça.
O que se vê é uma perseguição política disfarçada de processo legal, com prisões prolongadas, censura e restrições sem respaldo em provas concretas.
A cada negativa da Justiça, cresce a percepção de que o Supremo atua não como guardião da Constituição, mas como instrumento de intimidação contra adversários do atual regime.
A situação de Braga Netto é apenas mais um exemplo do que vem sendo chamado de “Justiça do medo”. Enquanto Moraes acumula poder, militares e conservadores são silenciados. O povo assiste ao avanço de um autoritarismo togado, que não aceita questionamentos e transforma o processo judicial em ferramenta de vingança política.