O senador Esperidião Amin (PP-SC), que está nos Estados Unidos com uma comitiva parlamentar para tentar conter o tarifaço de 50%, foi direto: Lula deveria tomar a iniciativa e telefonar para o presidente Donald Trump. Segundo Amin, o petista não tem nada a perder com essa atitude e poderia até se beneficiar politicamente, mesmo que a resposta de Trump fosse negativa ou indiferente.
A crítica acontece no momento em que Lula tenta empurrar a responsabilidade para Alckmin, que, segundo ele, “liga todos os dias” para os americanos sem sucesso. O próprio Lula confessou que ninguém atende o vice-presidente, revelando a fragilidade diplomática de seu governo. Mesmo assim, o petista nunca assumiu a responsabilidade de conversar diretamente com Trump.
Durante discurso recente, Lula exigiu “respeito e delicadeza” de Trump, dizendo estar disposto a esclarecer que o republicano foi “enganado” com informações sobre o Brasil. A fala, além de arrogante, ignora a realidade: os Estados Unidos já perderam a paciência com os rumos políticos e judiciais do país, principalmente com os abusos cometidos pelo STF.
Caso o Brasil não consiga um acordo urgente, a tarifa de 50% passará a valer a partir de 1º de agosto, atingindo todas as exportações brasileiras. A medida é um recado direto de Trump contra as ações autoritárias no país, incluindo a perseguição a Jair Bolsonaro, o antagonismo aos EUA no BRICS e as práticas comerciais que o governo americano considera desleais.
Na tentativa de salvar o comércio exterior, senadores embarcaram para Washington. Estão na comitiva nomes como Tereza Cristina, Marcos Pontes, Nelsinho Trad, Carlos Viana e o próprio Amin. Do lado petista, também participam Jacques Wagner e Rogério Carvalho. Mas, até o momento, nenhum encontro de peso foi confirmado, reforçando que o governo brasileiro perdeu totalmente a credibilidade.
