Após Flávio e Eduardo Bolsonaro subirem o tom e cobrarem ação direta contra Alexandre de Moraes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), simplesmente virou as costas para os pedidos de impeachment. Segundo informações divulgadas pelo UOL, nenhuma providência foi tomada após os apelos da família Bolsonaro, nem mesmo uma resposta oficial foi emitida.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), também se manteve em silêncio absoluto. Ambos parecem blindados contra cobranças populares, ignorando completamente os apelos de parlamentares que ainda lutam para conter os abusos do STF. A postura passiva e conivente com Moraes acende o alerta sobre a real independência dos Poderes no Brasil.
Atualmente, 62 pedidos de impeachment seguem trancados na gaveta de Alcolumbre, dos quais 28 pedem o afastamento de Alexandre de Moraes. Em vez de cumprir seu papel institucional, Alcolumbre segue agindo como um escudo para o ministro, colaborando com o silenciamento da oposição e alimentando a revolta da população que pede por justiça.
Na semana passada, Hugo Motta já havia desafiado a bancada bolsonarista ao autorizar comissões em pleno recesso parlamentar, contrariando um acordo tradicional da Casa. A decisão causou revolta nos bastidores, sendo vista como um ato deliberado de afronta ao bolsonarismo e às regras do jogo democrático.
Diante desse cenário, a percepção geral é que o Congresso está acovardado, refém do STF e surdo à voz das ruas.
A conivência entre os presidentes da Câmara e do Senado com os abusos do Supremo gera indignação popular e alimenta o discurso de que o país vive sob uma ditadura judicial mascarada de democracia. Enquanto isso, os pedidos legítimos por justiça seguem empilhando poeira.