Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL de São Paulo e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou que não pretende retornar ao Brasil após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivar um pedido para apreender seu passaporte. A decisão de Moraes veio após parlamentares do PT solicitarem a medida, acusando Eduardo de conspirar contra o Judiciário brasileiro durante sua estadia nos Estados Unidos.
Em entrevista ao canal CNN Brasil, Eduardo afirmou: “Não tem chance de eu voltar dos EUA”, reforçando sua decisão de permanecer em Washington, D.C., onde se estabeleceu com a família após uma licença de quatro meses da Câmara dos Deputados, iniciada em 27 de fevereiro de 2025.
O pedido de apreensão do passaporte de Eduardo foi motivado por suas declarações em eventos nos EUA, como o Conservative Political Action Conference (CPAC), onde criticou Moraes e denunciou o que chama de “censura e perseguição” no Brasil.
Os deputados Lindbergh Farias e Rogério Correia, do PT, argumentaram que Eduardo estaria articulando com parlamentares americanos contra o STF, o que consideraram um crime contra a soberania nacional. Moraes, no entanto, arquivou o pedido após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não se manifestar dentro do prazo de cinco dias estabelecido pelo ministro. A decisão de arquivamento foi interpretada por Eduardo como uma vitória, mas ele optou por não retornar ao Brasil por temor de novas ações judiciais.