A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) decidiu recorrer ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que o inquérito que investiga os discursos proferidos durante ato armamentista realizado no dia 9 de julho, na Esplanada dos Ministérios, seja “trancado”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Zanatta afirmou que “existiu uma conversa de deputados com o Ministério da Justiça para que não mudasse a questão de restrição de calibre, mas esse acordo não foi cumprido”.
A fim de ter a sua solicitação atendida, a deputada pede que Lira tome “providências nas esferas judiciais e extrajudiciais”. No requerimento, a parlamentar, que também defende o funcionamento dos clubes de tiro, aproveitou para enviar uma breve mensagem ao autor das investigações do 9 de julho, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
De acordo com o jornal O Globo, a catarinense ressaltou que os deputados “são dotados da imunidade parlamentar”. Zanatta acusa Dino de “mordaça” e afirma que “apenas em ditaduras ou regimes de exceção, um parlamentar sofre cerceamento na sua liberdade de expressão”.
– Seria desnecessário mencionar, não fosse o hodierno e esdrúxulo contexto de “mordaças” a ameaçar o livre exercício de mandatos parlamentares, que o congressista, na condição de mandatário popular, necessita de ampla liberdade de expressão para defender os direitos e interesses dos cidadãos que representa – afirmou.
RESPEITEM CADA UMA DAS NOSSAS HISTÓRIAS!
— Júlia Zanatta (@apropriajulia) July 27, 2023
Nós somos empresárias, estudantes, donas de casa, empreendedoras, funcionárias públicas, estagiárias, universitárias, políticas e atletas, e para termos acesso às armas que usamos para a prática do tiro esportivo, da caça, da legítima… pic.twitter.com/hGgwm9iiiF
Pleno News