Na manhã desta quinta-feira, 1º, Ferreira Cavalcante foi um dos alvos da Operação Hefesto, da Polícia Federal. A ação investiga a formação de organização criminosa para a prática dos crimes de fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, o esquema na mira da Operação Hefesto envolveria cifras milionárias — cerca de R$ 8,1 milhões — em contratos para o fornecimento de equipamentos de robótica para 43 dos 102 municípios de Alagoas. Os recursos seriam oriundos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Segundo as investigações, os acordos acabaram por beneficiar apenas uma única empresa como fornecedora.
Para a operação deflagrada nesta quinta, a PF colocou nas ruas 110 policiais federais. A ação, que contou com apoio de 13 integrantes da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em cinco cidades: Maceió, Brasília, Goiânia, Gravatá (PE) e São Carlos (SP). Além do servidor público próximo a Lira, a 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas expediu outra ordem de prisão temporária.
“As citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes”, afirma a PF, por meio de comunicado. “Segundo a CGU, as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de R$ 8,1 milhões e sobrepreço, com prejuízos potenciais de R$ 19,8 milhões, em relação às despesas até então analisadas.”
Apreensão de dinheiro

Recentes ações contra Lira

A prisão de Luciano Ferreira Cavalcante não é, entretanto, a primeira má notícia desta semana para Lira. Na quarta-feira 31, o Supremo Tribunal Federal acelerou julgamento que pode tornar réu o parlamentar alagoano em processo que apura caso de corrupção passiva. A Corte também suspendeu ação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que, a saber, chamou o presidente da Câmara dos Deputados de “ladrão”.
Nesta semana, Lira criticou publicamente a articulação política do governo. Ele cobrou, por exemplo, ações por parte de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao canal GloboNews, Arthur Lira falou sobre a prisão de Ferreira Cavalcante. Ele disse que a operação da PF não o atinge. “Não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados.
Revista Oeste