Senadores de oposição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid querem que o STF inclua a última live do presidente no inquérito das fake news. Além disso, o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues, disse que pedirá o banimento de Bolsonaro das redes sociais.
O senador Alessandro Vieira enviou um requerimento à CPI nesta segunda-feira (25), alegando que caso Bolsonaro “não ocupasse o cargo de Presidente da República, protegido pela Constituição da República em função de sua proeminência e dignidade (…) já haveria suficiente preenchimento dos requisitos elencados pelo art. 312 do Código de Processo Penal para a decretação de prisão preventiva”.
O texto deverá ser votado nesta terça-feira (26), mesmo dia em que a apreciação do relatório final da CPI está prevista para ocorrer. O documento pede que as declarações de Bolsonaro feitas na live em que divulgou uma notícia associando a vacina contra a Covid-19 à Aids, doença transmitida pelo vírus HIV, sejam enviadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
Randolfe Rodrigues citou a mesma live e disse que se trata de “mais um crime flagrante” do presidente e que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “foi banido [das redes sociais] por menos”. Ele defende que ocorra com Bolsonaro o mesmo que ocorreu com Trump.
No Twitter, o vice-presidente chamou o presidente de “delinquente contumaz” e disse que a “fala mentirosa e absurda de Bolsonaro”, como se referiu, será inclusa no relatório da CPI. Além disso, informou ainda que “encaminharemos ofício ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do Presidente”.
*Pleno News