Por ocasião de depoimento da médica Nise Yamaguchi na CPI da Pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o senador Marcos Rogério questionou abordagens realizadas por Renan Calheiros, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, e por Omar Aziz, presidente da CPI.
Parlamentares iniciaram discussões e um bate-boca, o que causou a interrupção temporária do depoimento. O senador Alessandro Vieira acusou a médica de entrar em contradição e solicitou que a sessão fosse interrompida para que Nise fosse convocada como testemunha.
Em meio a gritos de Randolfe Rodrigues, Marcos Rogério salientou: “Não cabe a quem não possui conhecimento técnico questionar as opiniões de uma cientista com mais de 40 anos de trabalhos e contribuições à sociedade. Estão expondo vídeos recortados, não permitem à depoente falar, querem ‘respostas objetivas’, com ‘sim’ ou ‘não’.
Estão faltando com respeito à depoente e à história dela. Parece que o relator e o presidente da CPI são os cientistas. Parece que trouxeram a depoente aqui para fazer espetáculo”. Outrossim, ele denunciou: “Todos nós somos a favor de vacinas, inclusive ela.
O que tem aqui é uma tentativa clara de indução da testemunha”. Omar Aziz, por sua vez, afirmou que a CPI não poderia dar espaço para “propaganda enganosa” para a população brasileira. A senadora Leila Barros, por sua vez, observou: “Ela não consegue concluir um raciocínio.
A gente percebe uma ansiedade muito grande quanto às respostas da convidada. Eu não cheguei agora. Estava vendo de meu gabinete e é essa a impressão Deixam a pessoa tensa, não consegue concluir um raciocínio nem uma vez. Peço paciência. É preciso ter calma. É uma questão de deixar a depoente finalizar o raciocínio”.