O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, do Republicanos, anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2026. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele afirmou que só desistirá da disputa caso o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, consiga reverter sua situação e decida concorrer. Manga, conhecido por sua forte presença digital, justificou a decisão destacando o cansaço da população com polarizações políticas e a necessidade de um projeto focado no desenvolvimento do país, como geração de empregos, saúde e educação.
Apesar de filiado ao Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Manga revelou ter recebido um convite do PRTB, legenda que lançou Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo em 2024, para encabeçar a disputa presidencial. Ele afirma contar com o aval de lideranças de ambas as siglas. O prefeito, que tem 2,9 milhões de seguidores no TikTok, disse que a ideia surgiu após conversas com sua esposa e momentos de reflexão, negando que o anúncio, feito em 1º de abril, fosse uma brincadeira.
Manga apontou como estopim para sua pré-candidatura o reajuste de até 5% nos preços dos medicamentos autorizado pelo governo federal. Em resposta, ele planeja enviar um projeto de lei à Câmara Municipal de Sorocaba para oferecer incentivos fiscais a farmácias que não repassem o aumento aos consumidores. O prefeito destacou que seu trabalho em Sorocaba, onde foi reeleito em 2024 com 73,75% dos votos válidos, poderia ser replicado nacionalmente.
Nos bastidores, analistas veem o movimento como uma forma de o prefeito ganhar projeção nacional, embora sua viabilidade para 2026 seja questionada. Ele é o segundo nome a se lançar ao Planalto, após o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, que também planeja anunciar sua pré-campanha.
O sucesso da empreitada dependerá de fatores como a situação de Bolsonaro, o apoio partidário e a capacidade de Manga de se consolidar além de Sorocaba.
Enquanto isso, sua gestão local, marcada por economia de recursos como os R$ 20 milhões devolvidos à prefeitura durante sua presidência na Câmara Municipal, é usada como vitrine para sustentar suas ambições nacionais. O cenário político, porém, segue aberto, com a fragmentação da direita podendo tanto favorecer quanto dificultar seus planos.
