"É inaceitável que um criminoso com esse histórico seja beneficiado com prisão em casa", disse Moro, em tom de indignação. O ex-juiz da Lava Jato afirmou que decisões como essa enfraquecem o sistema de Justiça e expõem a população ao risco. “Não se pode tratar bandido como vítima”, completou o senador.
A decisão de Moraes causou desconforto até mesmo entre integrantes das forças de segurança, que consideraram a medida um duro golpe contra a moral da polícia. Agentes que participaram da prisão do criminoso se disseram desmotivados ao ver o esforço ser desfeito por um despacho do Supremo. “É frustrante”, declarou um delegado.
Nos bastidores de Brasília, a concessão da prisão domiciliar é vista como mais um episódio da crescente leniência do Judiciário com criminosos perigosos. Parlamentares conservadores apontam que, enquanto o STF mostra “humanidade” com traficantes, mantém presos políticos detidos por atos do 8 de janeiro.
Moro defende que decisões como essa devem ser revistas com urgência e que o Congresso precisa atuar para limitar abusos judiciais. “Não é papel do Supremo proteger criminosos. Precisamos de equilíbrio e responsabilidade com a segurança pública”, afirmou o senador em suas redes sociais.
A fala de Moro reacendeu o debate sobre o ativismo judicial e a seletividade de decisões no Supremo. Para muitos, o STF tem atuado com dois pesos e duas medidas: mão leve com criminosos, mão de ferro com conservadores. E o Brasil, mais uma vez, paga o preço da insegurança.