Desconfiança no STF atinge quase metade da população, aponta pesquisa Desconfiança no STF atinge quase metade da população, aponta pesquisa Desconfiança no STF atinge quase metade da população, aponta pesquisa Desconfiança no STF atinge quase metade da população, aponta pesquisa -->

Desconfiança no STF atinge quase metade da população, aponta pesquisa



Quase metade dos brasileiros afirma não confiar no Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Opinião, que ouviu duas mil pessoas com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. A pesquisa, divulgada nesta semana, mostra que 49,5% dos entrevistados têm pouca ou nenhuma confiança na mais alta instância do Judiciário brasileiro.

O Sul lidera a rejeição, com 58,1% de desconfiança, seguido por Sudeste (50,1%) e pelas regiões Norte e Centro-Oeste (50,6%). No Nordeste, o cenário é mais dividido: 25,7% disseram confiar muito, 26,8% um pouco, e 41,7% declararam não confiar no STF.


Segundo Arilton Freres, sociólogo e diretor do Instituto Opinião, os números são reflexo do envolvimento da Corte em temas de forte impacto político e decisões controversas nos últimos anos. Para ele, o resultado funciona como um alerta institucional:


“É fundamental que os poderes da República reconectem-se com a população, ampliem a transparência e fortaleçam os canais de escuta. Sem confiança pública, a democracia enfraquece”, afirmou.


Congresso Nacional também tem avaliação negativa
O levantamento também mediu a percepção do desempenho do Congresso Nacional, revelando rejeição expressiva.


Na Câmara dos Deputados, apenas 1,4% classificaram o desempenho como “ótimo”, enquanto 8,2% disseram ser “bom”. O maior grupo, 34,8%, avaliou como “regular”, seguido por 19,7% que consideram “ruim” e 30,1% que o veem como “péssimo”.

O Senado Federal apresentou índices semelhantes: 1,6% classificaram como “ótimo”, 7,7% como “bom”, 35,1% como “regular”, 18,2% como “ruim” e 29,9% como “péssimo”.



Freres observa que grande parte da população não se recorda em quem votou para o Congresso, o que revela uma crise de representatividade e desconexão entre eleitores e parlamentares. Isso, segundo ele, dificulta a cobrança de resultados e favorece o distanciamento da sociedade em relação ao processo legislativo.

Perfil dos entrevistadosGênero: 53% mulheres, 47% homens
Idade: 24% entre 45 e 59 anos, 14% entre 16 e 24 anos
Escolaridade: 40% até o 9º ano, 42% com ensino médio completo, 18% com ensino superior
Renda familiar: 46% até dois salários mínimos, 33% entre dois e cinco salários, 21% acima dessa faixa
Distribuição geográfica: 42% no Sudeste, 28% no Nordeste, 15% no Sul, 15% no Norte e Centro-Oeste
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Com margem de erro de dois pontos percentuais e 95% de nível de confiança, a pesquisa reforça o sentimento de descrença nas instituições, especialmente entre as regiões Sul e Sudeste, historicamente mais críticas à atuação do Supremo.

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