O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou nesta quarta-feira (2), em seu perfil na rede social X, de forma crítica a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela pretensão do petista de responder de forma recíproca à tarifa de 10% sobre os produtos brasileiros. Na postagem, Bolsonaro lembrou que viveu uma situação semelhante em 2019 e conseguiu contorná-la.
– No dia 2 de dezembro de 2019, o Presidente Trump anunciou a intenção de sobretaxar o aço brasileiro, impondo novas tarifas que poderiam prejudicar nossa economia.
Naquele momento, mantivemos a serenidade e agimos com responsabilidade (…). O resultado? Apenas 18 dias depois, em 20 de dezembro, Trump se comprometeu a não taxar o nosso aço – destacou Bolsonaro. O líder conservador também destacou que, atualmente, Lula não consegue manter a mesma relação diplomática com os Estados Unidos e que, desde que o petista assumiu o mandato, ele “vem destruindo a credibilidade do Brasil no cenário internacional”.
– Enquanto nós mantivemos relações diplomáticas sólidas, Lula, seus auxiliares diplomáticos e até sua esposa preferiram ofender autoridades dos EUA, atacar aliados estratégicos e agir com arrogância, ao invés de preservar pontes e manter o país em posição de respeito no cenário global – destacou.
Bolsonaro ressaltou a postura de Lula de ofensas reiteradas a Israel e de relativização dos atos terroristas do Hamas, além da notória proximidade com o ditador Nicolás Maduro, questões que, para o ex-presidente, transformaram a diplomacia “em militância ideológica”.
– Nossos produtores enfrentam dificuldades porque Lula transformou diplomacia em militância ideológica. O setor siderúrgico, que sempre foi um dos motores da nossa economia, está à mercê de um governo que despreza a realidade do comércio internacional e se fecha em discursos ultrapassados – escreveu.
Ao final da postagem, Bolsonaro se disponibilizou a receber produtores de aço para tentar rever a situação da tarifação de 25% imposta por Trump.
– Se Lula não atrapalhar ainda mais, estou à disposição para receber os produtores de aço e auxiliar no que for possível para reverter essa situação. Teremos dificuldades, pois hoje o Brasil é visto como um país autoritário, inimigo da liberdade de expressão e cúmplice de grupos terroristas, mas farei o que estiver ao meu alcance – finalizou. Informações Pleno News