O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pretende adiar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro por mais duas semanas.
Randolfe segue os passos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que posterga o início do colegiado há uma semana. A enrolação acontece devido à demora de Pacheco em responder à questão de ordem levantada pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), sobre a regra de proporcionalidade dos blocos na comissão.
Na quarta-feira 26, antes da leitura da CPMI, Randolfe moveu o próprio partido do Bloco Democracia para o Bloco Resistência Democrática. O Resistência, que tinha cinco cadeiras, passou a ter seis vagas no colegiado.
Desse modo, o Bloco Vanguarda, da oposição — que tinha três indicações à comissão –, perdeu uma vaga. Além da enrolação de Pacheco, há ainda uma indefinição acerca da presidência e da relatoria da CPMI.
Uma parcela de parlamentares defende a relatoria no Senado, pois a última CPMI do Congresso, das fake news, foi relatada pela Câmara e, pela alternância entre as Casas, seria a vez da Câmara presidir.
No entanto, outros parlamentares acreditam que a primeira CPMI de uma legislatura deve ser comandada pelo Senado — como pensa Randolfe. Conforme apurou Oeste, se o primeiro entendimento vingar, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) seria o mais cotado para ser o relator da CPMI.
Já a presidência poderia ficar com o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA). A oposição tenta pleitear a vice-presidência do colegiado.
Por Revista Oeste