O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a Operação Lava-Jato nesta terça-feira (9) e defendeu a investigação da atuação dos seus integrantes.
Gilmar classificou os membros da operação como "pervertidos" e disse que eles praticaram "tortura" contra investigados. O ministro também defendeu o julgamento da figura do juiz de garantias, como uma forma de conter eventuais abusos.
— Isso teria que ter um inquérito para saber o que passou. Porque as pessoas só eram soltas, ministro Fachin, depois de confessarem. Isso é uma vergonha. Coisa de pervertidos. Claramente se tratava de prática de tortura. Usando o poder de Estado.
— Isso teria que ter um inquérito para saber o que passou. Porque as pessoas só eram soltas, ministro Fachin, depois de confessarem. Isso é uma vergonha. Coisa de pervertidos. Claramente se tratava de prática de tortura. Usando o poder de Estado.
Vamos chamar as coisas pelos nomes. Sem dúvida nenhuma se trata de pervertidos incumbidos de funções públicas. E eu acho que o CJF (Conselho da Justiça Federal) deveria investigar, a despeito de eles terem deixado já as funções. Porque se trata de corrigir para que isso não mais se repita — declarou o ministro.
As críticas de Gilmar foram feitas durante sessão da Segunda Turma do STF, que discutia um recurso apresentado pela defesa do empresário Sergio Souza Boccaletti, condenado no âmbito da Lava-Jato e que atualmente cumpre medidas cautelares. Os ministros autorizaram a devolução do passaporte de Boccaletti e o autorizaram a deixar o país.
Gilmar Mendes afirmou que está lendo o livro de Emilio Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, uma das empreiteiras mais atingidas pela operação. No livro, Emilio faz críticas à operação e à maneira pela qual a Lava-Jato negociou acordos de delação premiada.
Folha PE
As críticas de Gilmar foram feitas durante sessão da Segunda Turma do STF, que discutia um recurso apresentado pela defesa do empresário Sergio Souza Boccaletti, condenado no âmbito da Lava-Jato e que atualmente cumpre medidas cautelares. Os ministros autorizaram a devolução do passaporte de Boccaletti e o autorizaram a deixar o país.
Gilmar Mendes afirmou que está lendo o livro de Emilio Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, uma das empreiteiras mais atingidas pela operação. No livro, Emilio faz críticas à operação e à maneira pela qual a Lava-Jato negociou acordos de delação premiada.
Folha PE