“A questão do TSE, o advogado do partido está tratando desse assunto. Não vejo materialidade em nada. A ação mais forte foi a reunião que fiz com embaixadores, em meados do ano passado. Não vejo porque. A política para tratar com embaixadores é privativa minha, não vejo motivo para querer me julgar inelegível”, disse em entrevista à Jovem Pan.
De acordo com ele, algo aconteceu para que a companhia de segurança que fica de prontidão 24 horas por dia no Palácio do Planalto não agisse no momento da invasão. “A porta da Presidência pela rampa, quantas vezes eu quis sair ali para cumprimentar o povo, e levava cinco, dez minutos para acharem a chave. Os caras não quebraram a porta”, disse.
Aos parlamentares presentes na sede do PL,
Bolsonaro também questionou o projeto de lei que o governo quer propor ao
Congresso para regular a atuação das plataformas de redes sociais, na esteira
dos atos de 8 de janeiro. Crítico à medida, o ex-presidente disse que “a mídia
social você controla dando mais liberdade, a liberdade não tem preço”.
“Agora vem o governo querer controlar as fakes news. O que é fake news? Quem é que vão ser as pessoas que vão dizer se isso é mentira ou não é”, questionou.
Um pouco mais cedo, Bolsonaro disse a correligionários e aliados que vai receber no PL líderes, parlamentares e demais políticos com o objetivo, entre outros, de fazer o partido e aliados conquistarem mais da metade das prefeituras do país nas eleições municipais de 2024.
Ele afirma que seu trabalho no partido será de dar sugestões às lideranças “na condição de uma pessoa mais velha, experiente, que vai fazer expediente no partido, servir de consulta para quem assim o desejar” para o trabalho no Legislativo.
“Nós não somos oposição, somos pró-Brasil.
Queremos que o Brasil realmente vá para frente. Não queremos que o Brasil
afunde para aparecermos como salvadores da pátria. Há uma preocupação muito
grande com o destino do nosso país, em especial às questões da economia”,
completou.
“Eu tive dificuldade para ser presidente mesmo com 28 anos de deputado federal. Para o Executivo ela não deseja não. Eu não vou proibi-la [de se candidatar], mas ela já adiantou para mim [que não quer]”, afirmou.
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