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Moraes promove superquebra de sigilos com mira direta em Bolsonaro




O portal Metrópoles publicou na tarde desta terça-feira (3), uma reportagem sobre uma ordem de quebra de sigilo que poderá atingir o centro do núcleo duro do Bolsonarismo, pois parte das investigações recai sobre a participação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em supostos atos antidemocráticos.

Moraes autorizou uma quebra de sigilo telefônico e de dados que dá amplos poderes aos investigadores da Polícia Federal que atuam sob seu comando e pode alcançar dimensões monumentais.

A ordem foi expedida no último dia 12 de dezembro e mira um número limitado de apoiadores - oito, ao todo. Só que, no despacho, o ministro autoriza que também sejam quebrados os sigilos de todas as pessoas que mantiveram contato com esses investigados, o que amplia indefinidamente o número de alvos.

Além do sigilo telefônico, está abarcada na decisão a quebra de dados telemáticos dos aparelhos celulares. Informações armazenadas em servidores de e-mail e de aplicativos de mensagens, por exemplo, poderão ser acessadas.

Os alvos iniciais da quebra entraram na mira do ministro por promover ataques às instituições, especialmente ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral. Os nomes não foram revelados para que as investigações não sejam prejudicadas.

Entre os oito há políticos com mandato. Até por isso, é de se esperar que pelo menos uma parte deles mantivesse contato direto com a cúpula do governo, em Brasília. Daí em diante é possível supor o teor bombástico da medida. Como a decisão autoriza a quebra do sigilo das pessoas com as quais os investigados se comunicavam, seus interlocutores graduados estarão também abarcados pela medida.

Para termos uma ideia, se um dos investigados falou com um juiz, com um jornalista, com um ministro de Estado, com um general ou até com o presidente da República, a quebra de sigilo de qualquer um desses interlocutores está automaticamente autorizada por Moraes. 

É, por assim dizer, uma quebra de sigilo no atacado - que começa com personagens demarcados, mas que contempla, na mesma decisão, um universo indefinido de outros alvos.

Em cada decisão Moraes vai ultrapassando  todos os limites com mais esse estupro coletivo das liberdades individuais. 

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