De saída da chefia do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL), inesperadamente, liberou a entrada no Brasil do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Desde 2019, Maduro e integrantes do seu governo estavam proibidos de pisar no país. Mas, Bolsonaro, como um de seus últimos atos na presidência da República, revogou a medida.
A atitude repentina dividiu as opiniões sobre o que significaria o ato: um acordo de paz com o Lula, uma demonstração de "apreço" pelo novo governo a fim de evitar possíveis prisões?
Segundo um ministro do governo, que não quis se identificar, o gesto de Bolsonaro está longe de ser uma aproximação com a esquerda.
Na verdade, o que Bolsonaro quer é expor ao mundo que Lula mantém laços de amizade e intimidade com ditadores espalhados pelo planeta.
- Agora, Lula não tem mais a desculpa de não ter como chamar o Maduro para a festa. Importante o povo brasileiro, o mundo e todos os venezuelanos que fugiram de lá verem que o maior ditador da América do Sul, responsável pela maior êxodo da história recente, e o próximo presidente do Brasil são amigos íntimos - explicou o ministro.
Bolsonaro, de fato, é um homem surpreendente, inteligente e um experiente político.
O jogo está apenas começando.
*Jornal da Cidade