Opositores ferrenhos do posicionamento crítico do presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto ao sistema eleitoral brasileiro, os pré-candidatos Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) já manifestaram no passado uma visão bem parecida com a do atual chefe do Executivo sobre o tema. Os três, inclusive, já chegaram a emitir posicionamentos favoráveis ao voto impresso auditável.
– Nada é infalível, só Deus. Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes – disse.
Bem similar ao que é defendido atualmente por Bolsonaro como alternativa ao modelo de votação utilizado no país, Lula propôs na época que fosse impresso um “tíquete” após a votação na urna eletrônica, que, por sua vez, seria depositado em uma urna convencional.
– Aí está zerado o problema. Quem tiver desconfiança faz a aferição entre a urna e o resultado da apuração eletrônica – declarou.
Bem diferente do posicionamento emitido há 20 anos, Lula usou suas redes sociais nesta segunda-feira (18) para atacar Bolsonaro por conta da reunião com os representantes diplomáticos sobre as eleições brasileiras. No Twitter, o petista disse ser “uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país”.
LULA JÁ PROPÔS TÍQUETE APÓS VOTAÇÃO NA URNA:
Em 2002, enquanto ainda era candidato ao Planalto na eleição que terminaria com sua primeira vitória, Lula colocou sob suspeição o uso das urnas eletrônicas nas eleições. No dia 6 de junho daquele ano, o petista levantou dúvidas sobre a infalibilidade do sistema eleitoral e chegou a dizer que não era possível saber se a urna poderia “ser manipulada ou não”.
– Nada é infalível, só Deus. Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes – disse.
Bem similar ao que é defendido atualmente por Bolsonaro como alternativa ao modelo de votação utilizado no país, Lula propôs na época que fosse impresso um “tíquete” após a votação na urna eletrônica, que, por sua vez, seria depositado em uma urna convencional.
– Aí está zerado o problema. Quem tiver desconfiança faz a aferição entre a urna e o resultado da apuração eletrônica – declarou.
"Será que o meu voto depois de depositado lá, depois de processado, ele se concretiza? Para tirar essa dúvida, e dar tranquilidade ao eleitor, nós decidimos derrubar o veto da presidente Dilma [sobre o voto impresso]."
— Maria P (@damadanoite14) July 19, 2022
Simone Tebet, 2015. pic.twitter.com/I79SDpavoF