Bolsonaro abre o jogo sobre 'carro indo ladeira abaixo', freio de mão e alerta para prisão de ex-presidente da Bolívia, (veja o vídeo)
O presidente Jair Bolsonaro participou do Ato de Unção Apostólica, em Manaus. Ao iniciar seu discurso, o presidente questionou se, ali na igreja, podia falar de Deus.
Ele perguntou: “o que eu preciso para falar de Deus?”, e imediatamente alguém na plateia respondeu: “liberdade”. Bolsonaro disse: “eu posso ser um crente, um cristão fanático, ou um grande mentiroso. Mas só posso falar se tiver liberdade”.
O presidente relatou a trajetória da ex-presidente da Bolívia Jeanine Añez, presa política que acaba de ser condenada. Bolsonaro disse: “Há aproximadamente 15 dias, ela foi julgada. Ela, seu ministro da Defesa e seu chefe de polícia. Todos foram condenados a 10 anos de cadeia.
Alguém sabe a acusação? Prática de ‘atos antidemocráticos’”. Bolsonaro questionou: “Alguém faz uma relação com o inquérito lá daquele ministro do Supremo?”. Bolsonaro alertou: “certas ondas se propagam no mundo todo. E nós devemos aprender com o erro dos outros”.
O presidente disse: “Para onde está marchando o Brasil? Para falar de Deus, você tem que ter liberdade. Para criticar um voto de ministro do STF, você não tem liberdade. Você pode ser preso. Onde querem parar? Esse carro está indo ladeira abaixo? Dá para puxar o freio de mão ainda? Acredito que sim”.
O presidente lembrou o início do governo de Fidel Castro em Cuba, em 1959, com a eliminação violenta de líderes religiosos. Ele comparou com as declarações do ex-presidente Lula, que vem prometendo, caso eleito, segundo a interpretação do presidente Jair Bolsonaro, agir nos mesmos moldes.
O presidente exemplificou com o caso do MST, que Lula promete valorizar. Bolsonaro disse: “por que o MST, no meu governo, está em média de 5 invasões por ano? O que eu fiz com o MST? Botei a polícia atrás deles? Pratiquei atos de violência contra eles? Não”. O presidente disse: “eles faziam isso porque eram reféns da política. Começamos a titular terras pelo Brasil.
Já distribuímos mais títulos que Temer, Dilma, Lula e FHC juntos. Demos dignidade e liberdade para o integrante do MST decidir. Liberdade”. No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras.
Assista a partir de 4:17
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