O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fechou o cerco no entorno da imprensa não alinhada ao Kremlin. Na quinta-feira 24, o chefe do Executivo determinou a 10 veículos de mídia que chamem a guerra na Ucrânia de “operação militar especial no Donbass”. Caso não obedeçam, serão “bloqueados”.
Ao rebatizar a guerra, Putin remete ao reconhecimento das áreas rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano, a bacia do rio Don (Donbass), que pediram ajuda militar contra uma suposta agressão de Kiev. A nova norma do presidente se deu por meio da Roskomnadzor, a agência reguladora de imprensa russa.
Siga nossas Redes
Em comunicado, o órgão de censura avisou estar barrando os termos “declaração de guerra, ataque e invasão”. Receberam a ameaça veículos conhecidos, como a rádio Eco de Moscou, a Novaia Gazeta (novo jornal, em russo), a TV Dojd (chuva) e os sites Mediazona, The New Times, entre outros.
Além de bloqueios e empastelamento, há a possibilidade de multas que chegam a até 5 milhões de rublos (R$ 300 mil). Desde 2012, quando houve grandes protestos contra sua vitória para um terceiro mandato presidencial, Putin acelerou seu projeto em curso para tolher a liberdade de imprensa.
*Revista Oeste