O Kremlin enviou mais de 400 mercenários pagos pelos russos a Kiev com a missão de assassinar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, segundo um relatório.
O Grupo Wagner, uma empresa militar privada russa acusada de trabalhar secretamente com o governo russo, trouxe mercenários da África para Kiev cerca de cinco semanas atrás, informou o The Times de Londres.
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O objetivo é decapitar o governo de Zelenskyy e preparar o terreno para que Moscou assumisse o controle em troca de belos bônus financeiros, segundo o jornal.
O governo ucraniano recebeu informações no sábado sobre os mercenários russos, informou o Times. Horas depois, um toque de recolher foi implementado em Kiev, das 17h às 8h, com efeito pelo menos nas 36 horas subsequentes, “para uma defesa mais eficaz da capital e a segurança de seus habitantes”.
“Todos os civis que estiverem nas ruas durante o toque de recolher serão considerados membros dos grupos de sabotagem e reconhecimento do inimigo”, tuitou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, no sábado. “Por favor, trate a situação com compreensão e não saia de casa.”
Um alto funcionário da defesa dos EUA disse ao jornal americano Fox News nesta segunda-feira (28), que existem forças de reconhecimento em Kiev, mas não pôde confirmar que essas forças receberam ordens para assassinar Zelenskyy.
Em um movimento apoiado pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a União Europeia em dezembro decidiu sancionar o Grupo Wagner, apoiado pela Rússia, e seus associados por graves abusos de direitos humanos, incluindo tortura e execuções e assassinatos extrajudiciais, sumários ou arbitrários e atividades desestabilizadoras em países como a Líbia, a Síria, a República Centro-Africana e a região de Donbass, na Ucrânia.
Ainda de acordo com a Fox News , ex-oficiais de inteligência dos EUA disseram que esses mercenários provavelmente estão operando em Kiev há meses porque o presidente russo, Vladimir Putin, exigiu inteligência em campo na capital ucraniana antes da invasão planejada que começou há cinco dias.
Um funcionário disse que enviar o Grupo Wagner para assassinar Zelenskyy dá a Putin a opção de dizer “não fui eu”. Um segundo ex-funcionário dos EUA acrescentou que fazer o Grupo Wagner realizar assassinatos judiciais em Kiev, talvez usando um agente nervoso ou algo não rastreável, poderia ser a tática do governo russo porque “algo não atribuível é uma opção que Putin gostaria de ter. ”
Fonte: Gazeta Brasil