Antes aliado do PT e agora ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira fez o seguinte diagnóstico para as eleições presidenciais de 2022: há dois extremos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e quem atrair o centro ganhará a disputa.
Em entrevista ao vivo ao jornal Valor Econômico, Ciro avaliou que o centro está mais propenso a apoiar o atual presidente e classificou a perspectiva de uma terceira via no país como “praticamente nula”.
A tentativa do Lula é atrair o centro – declarou o ministro, ao comentar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), durante jantar do grupo de advogados Prerrogativas, no último domingo (19).
Os antigos adversários hoje negociam uma aliança para as eleições.
– São dois grandes homens públicos, mas com trajetórias de vida completamente diferentes. É um cruzamento de porco espinho com capivara. Não vejo que essa aliança possa ter resultado na eleição. Tenho certeza de que as pessoas de bom senso vão reeleger o presidente – disse Nogueira.
Na avaliação do chefe da Casa Civil, o “Lula atual” é uma “ilusão de ótica”.
– Ele está tentando esconder a foto dele com a Dilma. O Lula da campanha, o que vai governar, é o Lula da Dilma, da Gleisi, do Zé Dirceu. São pessoas que a grande maioria da população não quer ter de volta – disse Ciro Nogueira na entrevista.
*AE