Com baixa adesão, greve dos caminhoneiros vira um verdadeiro fracasso Com baixa adesão, greve dos caminhoneiros vira um verdadeiro fracasso Com baixa adesão, greve dos caminhoneiros vira um verdadeiro fracasso Com baixa adesão, greve dos caminhoneiros vira um verdadeiro fracasso -->

Com baixa adesão, greve dos caminhoneiros vira um verdadeiro fracasso


Convocada para começar no dia 1° de novembro, a greve dos caminhoneiros teve baixa adesão e limitou-se a atos isolados pelo país. Para lideranças, diversos são os motivos, entre eles a polarização política, o baixo volume de cargas, a descentralização da categoria, e as liminares que o governo conseguiu na Justiça para impedir interdições nas estradas.

– O país está muito polarizado politicamente. Outro fator é o volume de cargas que já está pequeno. Daí, a paralisação não impacta muita coisa. (…) A categoria é muito descentralizada e não tem representatividade política no Congresso Nacional. Em 2018, foram atendidas praticamente todas as pautas, mas elas não vigoraram. A própria categoria burla as leis e não exige os seus direitos – declarou Edvan Ferreira, líder dos caminhoneiros do Piauí na greve de 2018, em entrevista ao portal Uol.

Para caminhoneiros autônomos piauenses, que se recusaram a aderir à greve, a situação está difícil, mas “não é momento político ou econômico para fazer uma paralisação”.

– Apesar de cientes das dificuldades, os caminhoneiros também estão cansados de serem usados como massa de manobra – declarou.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, no entanto, a greve não teve bloqueio das estradas ou regiões estratégicas ao longo do dia 1º de novembro, mas manifestações em alguns locais, como em pontos da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) e na BR-101, na região de Rio Bonito (RJ). Ainda houve tentativas de fechar o acesso ao Porto de Santos (SP) e o Porto de Capuava (ES), mas foram impedidas pela liminar que a União obteve na Justiça.

Apesar da baixa adesão, líderes da categoria confirmam que a greve está mantida por cerca de 15 dias.

– Continuamos a paralisação até o governo apresentar alguma resposta às demandas da categoria – disse ao Estadão o presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), Plínio Dias.

Entre as reinvindicações dos caminhoneiros, está a de que o governo reveja o PPI (Preço de Paridade de Importação) praticado pela Petrobras, que determina que os valores dos combustíveis acompanhem o mercado internacional e a variação do dólar.

Eles também cobravam o cumprimento do piso mínimo do frete, lei conquistada nas paralisações de 2018, que ainda estaria sendo descumprida por empresas. Além disso, os grevistas pedem a volta da aposentadoria especial para a categoria, mudança ocorrida na Reforma da Previdência.

*Pleno News

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato