Ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro e Mourão estão prontas para julgamento pelo TSE Ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro e Mourão estão prontas para julgamento pelo TSE Ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro e Mourão estão prontas para julgamento pelo TSE Pular para o conteúdo principal

Ações que pedem cassação da chapa Bolsonaro e Mourão estão prontas para julgamento pelo TSE


As duas ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro e Mourão por supostos disparos de mensagens em massa durante a campanha eleitoral de 2018 estão prontas para julgamento pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação é da CNN Brasil.

Porém, na avaliação de integrantes do TSE, embora já tenham sólida base de sustentação jurídica, os processos só avançam para uma possível responsabilização de Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, se o mundo político fizer sinais nesse sentido.

Segundo a CNN, isso porque o resultado pode ser a cassação dos dois e, consequentemente, a convocação de eleições indiretas pelo Congresso.

O Corregedor-Geral da Corte, o ministro Luis Felipe Salomão, responsável pelas investigações, indicou a colegas estar concluindo os pareceres e, para que o plenário da Corte analise as ações, o magistrado precisa liberá-los para a pauta e o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, marcar a data do julgamento.

A avaliação de integrantes do tribunal, no entanto, é a de que os requisitos técnicos –considerados robustos– precisam estar atrelados a condições políticas. Ou seja, de acordo com ministros ouvidos pela CNN Brasil, em caráter reservado, o TSE não cassará uma chapa presidencial se não houver um apelo político de líderes do Congresso — o que consideram hoje não ter.

Soma-se a esse cenário o fato de a atual composição do tribunal apresentar, em sua maioria, tendência adversa ao governo Bolsonaro—ao menos 5 dos 7 ministros. O presidente Barroso e o ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, são, hoje, os principais alvos de ataques do presidente.

Para além do aval da classe política, uma parte do Judiciário também avalia que as críticas do presidente a integrantes do TSE têm como objetivo criar dificuldades para o julgamento das ações.

Ministros entendem que, por meio do embate com o TSE, Bolsonaro busca dar força à tese de que o andamento dos processos configura perseguição —a despeito da avaliação técnica dos casos.

A CNN Brasil apurou também que as ações ganharam novos status a partir do compartilhamento de provas dos inquéritos ilegais que tramitam no Supremo Tribunal Federal: o das fake news, e o recém-instaurado para apurar a existência de uma suposta “quadrilha digital que age contra a democracia”.

É nesse contexto que cresce no Judiciário a percepção de que Bolsonaro depende mais do que nunca de uma base de sustentação sólida no Congresso não só para sua eventual reeleição em 2022, mas principalmente para se manter, hoje, na cadeira presidencial.

Na prática, caso o TSE decida pela responsabilização eleitoral da chapa formada por Bolsonaro e Mourão, a eles podem ser aplicadas as sanções de inelegibilidade por oito anos e a cassação. Neste último caso, seria realizada uma eleição indireta pelo Congresso para definir o novo mandatário do país.

O cenário discutido nos bastidores dos Tribunais Superiores é o de que, caso se torne irreversível a insatisfação dos partidos do Centrão com o Palácio do Planalto e, consequentemente, Bolsonaro perca suas condições de governabilidade no Parlamento, a cassação da chapa pelo TSE passa a ser considerada –já que caberá ao Legislativo definir quem vai sentar na cadeira presidencial até 2022.

O descontentamento de uma ala do Congresso com Bolsonaro vem crescendo, na medida por conta da crise entre os Poderes. O próprio ministro Salomão se tornou um dos alvos do presidente da República depois de determinar que redes sociais bloqueassem verba de canais conservadores.

As duas ações que esperam apreciação do plenário do TSE foram ajuizadas pela Coligação O Povo Feliz de Novo, do PT, com base em reportagens do jornal Folha de S.Paulo que mostraram o suposto uso de disparos de mensagens em massa no WhatsApp, em benefício da chapa encabeçada por Bolsonaro.

A primeira ação trata da contratação de empresas especializadas em marketing digital por apoiadores de Bolsonaro para disparo de mensagens via WhatsApp, uso indevido de perfis falsos para propaganda eleitoral, compra irregular de cadastro de usuários e montagem de estrutura de comunicação com robôs e números estrangeiros.

A segunda é semelhante, mas trata também do uso fraudulento de nomes e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir os disparos em massa, a ocorrência de doação para pessoas jurídicas e a prática de abuso de poder econômico.
*Gazeta Brasil
.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lula afirma ter certeza que Bolsonaro organizou atos do 8 de janeiro, mas não apresenta nenhuma prova

Participe do nosso Telegram clique aqui Lula (PT), em entrevista ao jornal espanhol El País, afirmou categoricamente estar convencido de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe foram os organizadores dos atos do dia 8 de Janeiro, em Brasília, porém não apresentou nenhuma prova. Na entrevista publicada nesta quinta-feira (27), o petista diz, ainda, não ter dúvidas sobre a tentativa de Bolsonaro tomar o poder mesmo antes dos atos. “Não tenho dúvidas de que ele tentou dar um golpe. Isso iria acontecer no primeiro dia da minha posse, mas como era muita gente, esperou uma semana”, disse Lula ao El País. “Temos a convicção de que tudo foi organizado por Bolsonaro e sua equipe.Ele foi indiciado por 34 acusações e mais serão apresentadas, especialmente em processos internacionais”, completou o presidente mais adiante. Lula também omitiu que o seu ex-ministro e membros do seu GSI foram flagrados em meio aos atos, servindo até agua para manifestantes. Em entrevista ao El País,

PL das Fake News: Moraes quer suspensão de perfil difusor

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, se reuniu, nesta terça-feira (25), com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para apresentar sugestões de emendas ao projeto de lei (PL) das Fake News.  No rol das novas medidas, Moraes quer que as redes sociais suspendam perfis, contas ou canais considerados produtores “sistemáticos” de desinformação e publicadores “contumazes” de informações falsas, sem que seja necessário notificar esses usuários da medida adotada. Moraes ainda detalha que devem ser considerados riscos o compartilhamento de “condutas, informações e atos antidemocráticos”; notícias falsas contra o processo eleitoral; “grave ameaça” ou incitação de violência física contra funcionários públicos; publicações que ameacem a “infraestrutura física do Estado” ou que peçam a “abolição violenta da democracia”; e postagens que promovam racismo, homofobia, ideologias nazista, fascista ou odiosa contra mi

Governo Lula corta Auxílio Gás de mais de 250 mil famílias

Desde janeiro, o governo Lula cortou o benefício de Auxílio Gás de 267 mil famílias, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O vale-gás consiste no pagamento de botijões a famílias carentes. Os dados, divulgados pelo portal G1, mostram que em dezembro, o benefício era pago a 5,95 milhões de famílias. Em abril, esse número caiu para 5,69 milhões. A queda foi de quase 4,5%. Segundo o ministro Wellington Dias, o corte do benefício ocorreu em razão de uma atualização cadastral, como a revisão feita com o Bolsa Família . “Nós tínhamos muitas pessoas que não preenchiam os requisitos.  O vale-gás, na própria legislação aprovada pelo Congresso, estabelece uma meta que tem a ver com o tamanho da renda e muita gente com renda elevada estava recebendo. Nós estamos falando de um esforço de dinheiro do povo brasileiro”, declarou Dias, ao G1. O Auxílio Gás foi criado em 2021 pelo governo de Jair Bolsonaro para tentar reduzir o efeito do preço do gás de cozinha no orçamento da