Em coletiva de imprensa a respeito da CPI da Pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o senador Eduardo Girão abordou o depoimento de Marcellus Campelo e mencionou a apresentação de provas de que verbas federais foram utilizadas por governadores em aquisições suspeitas de corrupção.
O parlamentar asseverou: “É o primeiro dia em que a CPI começa a rastrear, também, a corrupção. As perguntas que faremos serão nesse sentido. O secretário chegou a ser preso. Um ponto pacífico é de que não faltou dinheiro para estados e municípios.
É importante que o povo brasileiro esteja atento: conseguimos pautar para hoje a convocação de Carlos Gabas, diretor-executivo do Consórcio Nordeste. Trouxe documentos e vou mostrar. Existe a resistência de colegas dizendo que não é verba federal. Eu trouxe as provas”.
Outrossim, o congressista fez severas críticas à decisão do STF que permitiu ao governador do Amazonas não comparecer à CPI: “A Polícia Federal fez mais de 70 operações neste período de pandemia. Precisamos rastrear os bilhões enviados para estados e municípios (...) A decisão do STF atrapalhou muito o nosso trabalho em relação ao Wilson Lima.
Espero que isso não abra precedente para Witzel. Acredito que deva ser uma decisão isolada. Isso deslegitimou o nosso trabalho. O próprio STF mandou abrir esta CPI. Ele não pode tirar pessoas importantes que devem ser ouvidas”.
Dessa maneira, o parlamentar voltou a frisar a necessidade de ouvir prefeitos investigados por corrupção: “De uma hora para outra, a cúpula da CPI tirou os requerimentos de prefeitos da lista. Nós queremos ouvir toda a verdade, não apenas parte da verdade”
Fonte: Folha Política