Com cartazes afirmando que a queda de Evo Morales em 2019 “não foi golpe, foi fraude”, os manifestantes participaram de marchas, manifestações em frente ao Ministério Público e concentrações pacíficas em praças das cidades de La Paz, Cochabamba (centro), Sucre (sudeste), Trinidad (noroeste) e Santa Cruz de La Sierra (leste).
Em Santa Cruz, aproximadamente 40 mil pessoas se reuniram na praça Cristo Redentor, lugar emblemático de reuniões públicas da direita, segundo estimativas de autoridades locais. Jeanine Áñez, de 53 anos, foi presa no sábado (13), na cidade de Trinidad. No domingo (14), a Justiça determinou quatro meses de prisão preventiva para a ex-presidente.
Os Estados Unidos, a Comissão Europeia e a ONU expressaram preocupação pelos acontecimentos na Bolívia desde a prisão de Áñez. Segundo a porta-voz adjunta do Departamento de Estado dos EUA, Jalina Porter, “Os Estados Unidos estão acompanhando com preocupação os desdobramentos relacionados à recente prisão de ex-funcionários pelo governo boliviano”.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, por sua vez, afirmou que “o sistema judicial boliviano não está em condições de oferecer as garantias mínimas de um julgamento justo” e pediu a liberação do detidos.