Em entrevista para a Folha, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) disse nesta terça-feira (01) que seu partido deve estar sentado na “mesa principal” da coalizão que vai enfrentar o presidente Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.
Doria disse, na entrevista, que pode usar o combate à Covid-19 no Estado de São Paulo como seu grande ativo eleitoral.
O tucano disse que, ainda que seja cedo para dizer se o resultado das eleições municipais serão válidos para indicações em 2022, os dados são uma “bússola”. “A população votou contra o populismo de direita e de esquerda”.
Ele disse que não acredita que a vacina contra a covid-19 seja um ativo político, mas sim “aqueles que trabalharam ao lado da medicina, da ciência e da saúde”. “Esses terão um ativo reconhecido. Os negacionistas perderam seus ativos.”
Se o objetivo de liderar uma frente nacional contra Bolsonaro e a esquerda se concretizar, Doria abrirá mão do governo do Estado de São Paulo.
Na entrevista que concedeu à Folha, ele foi questionado sobre a rejeição de seu nome na capital por ter deixado a prefeitura para concorrer a governador e respondeu:
“Eu tive de realizar um sacrifício de disputar… Eu fui compelido a disputar a eleição por deputados e prefeitos do PSDB. A eleição do Bruno Covas demonstra que a minha saída da prefeitura ocorreu para evitar a esquerda populista, se não ele não teria sido reeleito”.
Sobre o PSDB, Doria afirmou que o partido merece “respeito” pelos “15 milhões de votos” obtidos: “Um partido que tem mais de 15 milhões de votos não só merece respeito como senta na mesa principal”.
“Não é hora de estabelecer um programa eleitoral para 2022. A hora é da vacinação, não da eleição”, afirmou.
O governador confirmou que um possível sucesso no programa de imunização em São Paulo poderá ser um meio de nacionalizar seu nome.
Fonte: Gazeta Brasil