A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) repudiou a manifestação política da jogadora Carol Solberg, que gritou “fora Bolsonaro” ao vivo, no SporTV, após conquistar a medalha de bronze pelo Circuito Brasileiro neste domingo (20).
Em nota, a CBV disse que vê com “tristeza e insatisfação” a manifestação da atleta e que a atitude “macha” a imagem do esporte.
– Aproveitamos ainda para demonstrar toda nossa tristeza e insatisfação, tendo em vista que essa primeira etapa do CBVP OPEN 2020/2021, considerada um marco no retorno das competições dos esportes olímpicos, por tamanha importância, não poderia ser manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta – disse a confederação.
A CBV também afirmou que “tomará providências” contra a atleta, mas não disse que tipo de iniciativa tomará para coibir este tipo de comportamento.
– Por fim, a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados – informou.
A manifestação política de Carol também não foi bem recebida nas redes sociais. No Twitter, internautas criticaram a posição da atleta, que é patrocinada pelo Banco do Brasil, um órgão do governo. A hashtag #ForaCarolSolberg está ocupando os assuntos mais comentados da plataforma desde a tarde deste domingo.
PROTESTO
A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, 33, protestou contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após conquistar a medalha de bonze na etapa de Saquarema (Rio de Janeiro) do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.
– Só para não esquecer: fora, Bolsonaro! – ela gritou após pegar o microfone das mãos da parceira, Talita, durante entrevista concedida ao canal SporTV. As duas venceram a dupla Josi e Juliana por 2 sets a 0 (21/19, 21/14) neste domingo.
Estampado na parte de cima dos uniformes das atletas estava o símbolo do Banco do Brasil, patrocinador da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
– O ‘fora, Bolsonaro’ está engasgado aqui na garganta. Ver esse desgoverno dessa forma, ver o pantanal queimando, 140 mil mortes e a gente encarando a pandemia desse jeito. É isso. Tá engasgado esse grito. E me sinto, como atleta, na obrigação de me posicionar – disse ela ao blog Olhar Olímpico, do UOL, depois do protesto.
Fonte: Pleno News