
Durante live nesta quinta (16), o presidente Jair Bolsonaro pediu, novamente, o fim das políticas de isolamento social nos estados e a reabertura de setores da economia. Em um momento, criticou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao falar sobre o início da crise da pandemia do novo coronavírus.
"Quando resolveram lá atrás partir para o achatamento da curva... lembra do ministro Mandetta? 'Vamos achatar a curva.' Ele falava na reunião de ministros: 'Caminhões do Exército vão pegar corpos nas ruas', semeando o pânico no Brasil".
O presidente também defendeu o uso da hidroxicloroquina em diversos momentos, mostrando a embalagem do remédio e dizendo que ele havia ajudado em seu próprio tratamento.
Apesar disso, declarou que não era garoto-propaganda do medicamento, que não tem comprovação científica para o combate à covid-19. "Não estou estimulando, mas estou orientando procurar um médico e ver o que ele acha", disse. "Não tem outra alternativa."
Bolsonaro defende ministros e não comenta Gilmar Mendes
Na transmissão, Bolsonaro listou seus 23 ministros e negou a saída de Ricardo Salles e do ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, dizendo que ambos ficarão no governo. "São dois ministros excepcionais", comentou.
Mais tarde, sobre Ernesto Araújo, ele disse que parece "irmão gêmeo" do chanceler. "Vira e mexe, dizem que ele vai sair. Tudo que a gente conversa, a gente se acerta perfeitamente. Se ele sair, eu tenho que sair também".
O presidente ainda respondeu a uma pergunta de um jornalista, enviada diretamente aos assessores da Presidência, sobre a polêmica envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Dias atrás, Mendes afirmou que o Exército brasileiro estava se associando a um "genocídio na gestão da pandemia, ao comentar a participação dos militares no Ministério da Saúde – como Pazuello, que assumiu interinamente o ministério e não é médico. O caso foi resolvido com uma conversa entre Bolsonaro e Mendes, e depois entre Mendes e Pazuello, o que foi confirmado pelo presidente.
Bolsonaro disse que "dava por encerrado" o episódio. "Eu conversei com o Gilmar Mendes, e me reservo a não revelar o teor da conversa", disse Bolsonaro. "O que nós queremos é solução", disse o presidente, que em seguida passou a defender a atuação de Pazuello.
Com Informações: Yahoo Noticias